Johacia oliveira
...o tempo não pára, a história se repete, quem pensa que a idade média acabou, engana-se, ela é aqui. A escravidão ainda não foi abolida, nossos direitos ainda não são nossos, a “liberdade” nos prende cada vez mais e o livre arbítrio não nos deixa fazer nossas escolhas.
A televisão todos os dias traz notícias que alguém foi assassinado, morto, estuprado, seqüestrado, roubado e o que acontece? Assistimos perplexos, chingamos o cara da “TV” que nem nos ouve, olhamos para o lado e dizemos alguma palavra para um de nossos parentes: “triste né?”. Depois a notícia acaba ou mudamos de canal e pronto, o assunto morreu, o tempo continua e esses problemas começam a fazer parte do nosso cotidiano e vão se tornando cada vez mais comum e ninguém se comove mais, e o que acontece com os problemas? Eles continuam a existir.
Os problemas sociais, o domínio exercido pela “monarquia”, pobres que são explorados, negros que são discriminados e excluídos, o branco que está sempre “por cima”, nos melhores empregos, etc, etc, etc. No período pré-colonial já acontecia isso e estamos no século XXI e a história não mudou.
O texto de Josiane Soares, “Encontro Marcado”, nos leva a pensar como o mundo está doente, desevoluindo. As pessoas trocam o sonho pelo medo, estamos no Brasil e não somos brasileiros, nos calamos nos momentos quando mais precisamos falar, porque não temos coragem de enfrentar os “grandões”.
O que faz um mundo assim? As pessoas corruptas, os políticos corruptos, as famílias desunidas, a polícia na qual não se pode confiar, o próximo, cuja bíblia nos diz que temos que amá-lo, os injustos, racistas, quem?
Quem torna o mundo leproso é você, sou eu, são os homens. E quem nos corrompe dessa forma? O dinheiro, a inveja, o sistema capitalista? (“Parece-me que sim”).
E Jorge Vercilo em sua música “Avesso”, nos traz uma “desnoção” das coisas e do tempo que faz pensar até quando estaremos sujeitos a isso? Um dia, um amo, um século? Temeremos a escravidão até quando? Quando meu direito será meu?
Esses dois textos só me fazem desacreditar ainda mais no socialismo de Carl Mark. Quem sabe um dia poderei eu ou você, a sociedade, viver um amor sem medo. A violência sexual, a ditadura que ainda é presente, “minha sexualidade”... Não temos o direito de optar por uma sexualidade sem sofrermos preconceito (opção considerada anormal pela sociedade), parece que o homem foi feito pra mulher e vice versa e o que não for isso está condenado.
A história precisa parar de se repetir, nossos escritores precisam de novos fatos para tirar as páginas dos nossos livros da rotina e quem sabe um dia marcaremos um encontro com o nosso direito de poder usufruí-lo, sem correntes e começaremos então uma nova história.
OBS: texto feito em apenas uma hora, como pré- requisito para avaliação na disciplina de
português.. a versão atualizada dele virá em bree..mais o ensaio já está muito bom..(kk)
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