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sábado, 15 de novembro de 2008

MEMÓRIAS DE JOHACIA

JOHACIA OLIVEIRA

Eu tinha apenas seis anos quando minha professora pediu pra que eu lesse um texto, cujo titulo não me recordo mais, era lindo, falava sobre flores e a primavera, ela costuma ler várias histórias para e com a gente. O que eu mais gostava e até hoje era de ler, ler em voz alta, somente. Eu ainda não sabia interpretá-los, mas eles me faziam viajar, imaginar coisas outros mundos. Ela nos avaliava de acordo com a nossa leitura, mas só aquela que faz com os olhos.


Na minha formaturinha da alfabetização para a primeira série, nós tivemos que criar um discurso, eu demorei uma semana para criá-lo, mas no final lá estava eu com meu anel do ABC discursando, eram apenas dez linhas, mais foi fantástico, eu me senti nas nuvens falando em voz alta com apenas seis aninhos para um monte de gente...

Esse fato foi inédito, na primeira série enquanto a professora ensinava alguns alunos o alfabeto, eu estava lendo uma história sobre a barata e seis sete anéis, quando de repente uma barata estava subindo na minha perna, isso foi mais que uma coincidência, esse texto marcou muito minha vida.

...Naquele dia minha mãe me fez ler todas as plaquinhas que passavam na nossa frente, às vezes me chateava, eu já sabia ler, não precisava ficar gastando minha voz, mas ela insistia. Acho que é por isso que gosto de ler tanto, mas não é ler para interpretar ou correlacionar, é ler em voz alta pros outros.

Quando ganhei meu primeiro livro eu tinha apenas oito anos, foi “A galinha que semeava”, o qual reli aos 17 anos. A moral do livro marcou minha infância, nenhum animal queria ajudar a galinha a semear o trigo, daí ela resolveu semear sozinha e quando o trigo foi colhido, todos queriam comer, porém a galinha não deixou, e todos os outros animais aprenderam a lição, assim como eu também. Depois desse, nunca mais ganhei livro nenhum, o que é uma pena, poderia ter aprendido várias outras lições.

Quando cursava a quarta série participei de um teatro, o qual era baseado na lenda da índia Inaiá, e eu que a representava, a lenda é bastante interessante e eu nunca me esqueci, foi nessa época que li várias outras lendas, eu adorava, a do saci pererê, da cova da moça, mula sem cabeça, boitatá, curupira, negrinho do pastoreiro, caipora, eram muitas mesmo, que saudades, eu lia e sempre fazia um desenho delas.

Verbos, substantivos, adjetivos, pronomes, etc. as classes gramaticais até que eu levei muito bem. Uma vez na quinta série, era dia de sabatina, a professora organizou uma roda, e começou, quem errasse podia dar um tapa na mão do outro. A sabatina começou, e graças a Deus eu não errei nada e ainda dei um monte de tapas nas mãos dos colegas, isso era ótimo.

Até o término do ginásio eu li muito pouco, o primeiro livro que eu li com mais maturidade já para interpretá-lo, foi “Tudo tem seu preço, Zibbia Gasparetto”, foi a partir desde livro que eu comecei a gostar de ler. Ele foi o ponto inicial para minha carreira nos livros. Ele chegou à minha mão da seguinte maneira, minha irmã gostava muito de ler, lia bastante e eu às vezes tinham vontade, outras não. Sabrina, minha irmã estava numa fase de ler muito, quando ela perguntou o porquê que eu não lia nada. Eu fiquei extremamente chateada, e disse que ia ler sim, mas só se eu gostasse do título do livro, o que acontece comigo hoje, eu vou muito pelo título do livro.

Então, ela me mostrou alguns livros e amei o título desse livro de Zibbia, é um livro espírita, bastante interessante, e ensina uma lição de vida fantástica, “que tudo na vida tem seu preço”.
Na oitava série eu ouvia meu professor falar sempre de um livro “ A divina comedia”, de tanto ele falar me deu vontade de ler, mas nunca achei esse livro, espero encontrar um dia.
Tinha uma professora no colégio que dava aulas de português, mais especificamente gramática, aqueles negócios de oração subordinada adversativa, objeto direto e indireto, pretérito perfeito e um monte outras coisas similares não entravam na minha cabeça de jeito nenhum, então eu sempre desistia, e nunca consegui aprendê-las.


Depois dessa minha experiência com o livro de Zibbia, eu li alguns outros no embalo: O xangô de Baker Street de Jô Soares, parte do Código Da Vinci, um Capitão de quinze anos, Por um fio de Dráuzio Varella e alguns outros.

Anos depois voltei a ler, agora com outros propósitos, muito mais avançados, sagazes. Tudo começou quando entrei no CEFET-BA, os incentivos foram maiores, as oportunidades também, então me tornei uma leitora freqüente, não tanto assim quanto deveria, mais progredi bastante, entre os lidos que mais gostei foram: Os Miseráveis de Vitor Hugo, Iracema de José de Alencar, Capitães da Areia de Jorge Amado, Depois daquela viagem de Valéria Piazza Pollizi, Manual prático do ódio de Ferrez, País do Carnaval de Jorge Amado, Preconceito contra a mulher, entre outros.

Na madrugada de ontem eu tava lendo “quem tem medo do escuro”, quando de repente a luz foi embora, essa foi minha última experiência com os livros qual será a próxima?

Um comentário:

Saymon disse...

Na Livraria Canteiros tem "A divina Comédia"...
Eu comprei um, semanas atrás quando estive aí!
Tá bem barato e a obra é excelente!