Prepare-se você está prestes a entrar no mundo da: JOHACIA!!

SEJA BEM VINDO.

FIQUE Á VONTADE.
LEIA TUDO.
COMENTE TUDO.

SE DELICIE!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008


AMIZADES!!!

E dá ai que sai os melhores momentos das nossas vidas, os nossos melhores textos...

é no tempo que passamos juntos, e de repente sai um título.."isso"...

a amizade nos ajuda muito..

quero sempre ter amigos como "VOCÊS"!

Lennon, Raíza, Edu, Touro , amo vocês!!!
Imparcialidade, fato ou fábula?


Johacia oliveira
Leandro Barreto



Se fizermos uma rápida análise na historia, e observamos todo o avanço do homem na terra, iremos ver com clareza que em todo o seu desenvolvimento, muito deles, foram marcados pela falta de decoro, ou seja, falta de pudor, compostura e decência. Isso é fato real e comprovado na historia do nosso país, desde a época do império de D Pedro I aos governos atuais.


Costumamos muito falar em nossos discursos, sobretudo na escola, sobre o sistema capitalista, a exclusão que tem causado, seja social ou racial e a transformação gritante a que o homem foi submetido. Neles, expomos nossa indignação, nosso desejo de mudança, atacamos os órgãos governamentais nacionais e internacionais, criticamos os políticos, dizendo o quanto são corruptos e imorais, seres arrogantes. Costumamos julgar a prepotência daqueles que acham que o dinheiro pra tudo dá um jeito, aqueles que roubam descaradamente, e tantos outro. Porém esquecemos ou por opção mesmo de “cuidar das nossas próprias vidas”.

Vivemos num mundo onde se eu roubo é normal, mais se ele rouba é errado. Ou seja, julgamos e não nos deixamos ser julgados. E se isso acontece é porque alguma culpa temos, isto é, ninguém é perfeito e erros devem ser julgados independente de pessoas.

Será que nossos discursos influenciam em alguma coisa? Somos capazes de mudar a opinião de outra pessoa?

No ponto de vista do Pedagogo com habilitação em Administração Escolar Josué Geraldo Botura do Carmo – nenhum ser humano é neutro – logo podemos concluir então que a neutralidade é algo fantástico, sobrenatural.

Alguns exemplos podem nos ajudar a entender isso: A revista Veja em diversas de suas edições deixou bem claro que o atual Presidente não deveria estar ou está, que Lula não é um bom presidente, e que suas origens (falta de escolaridade e dinheiro), não lhe deram a condição e a capacidade de presidir o Brasil. Nesse caso a revista tenta de todas as formas através de suas matérias derrubar o Presidente, sujar a sua imagem (“sem apologia”). No caso de ser um meio de comunicação a revista deveria ser “neutra”, nem ser a favor, nem contra, porém como nenhum ser humano é neutro a revista tende a não ser também, e deixa de forma implícita ou explícita a sua parcialidade. Podemos perceber isso também nos jornalistas, que não conseguem escrever, tendo que ignorar suas tendências e seus sentimentos.

Mas mesmo assim ainda achamos que essas coisas apenas ocorrem na política, nos meios de comunicações, etc., o que é um equívoco. Sem menos esperar somos vítimas da parcialidade no (s) ambiente (s) que passamos uma boa parte de nossas vidas, e muitas vezes custamos acreditar que isso aconteceu real e naturalmente conosco.

Como reagir numa situação como essa? Onde a imparcialidade no meio que a gente menos espera, passa a ser fábula e dar espaço à parcialidade?

Primeiramente não sair da razão, agir com bom censo já é o começo, depois, é utilizar dos bons modos para não deixar que calem a sua voz, temos todo o direito de lutar pelos nossos direitos. Assim, com certeza seremos imbatíveis.

Vale lembrar que assim a parcialidade é uma tendência natural do ser humano, outras reações também são(“nesse caso muito cuidado, tente está sempre na razão, equilibrado e calmo, mais nunca deixe que ninguém lhe tire o direito de expressão, mesmo que essa pessoa lhe parece mais forte, porque ninguém é mais forte ou superior ao outro”).

“O nosso olhar sobre a realidade determina a própria realidade”, diz Michel Folcon. Se nosso olhar continua achando que o efeito colateral do sistema afeta só lá, estaremos regredindo cada vez mais, pois, o que adiantará um belo discurso, os conhecimentos de mundo, quando na hora de utilizarmos colocamos o “rabinho entre as pernas”? Viveremos apenas de fábulas se essa for a nossa atidude.


Obs: texto criado após um equívoco acontecido na nossa escola.
"Digamos que uma injustiça no julgamento dos grupos de um festival."

"Nenhuma pessoa é neutra."





Porque não sou preconceituoso.

JOHACIA COSTA DE OLIVEIRA



Devido a fatores históricos e culturais, a nossa sociedade infelizmente ainda é preconceituosa, mesmo sabendo que preconceito fere a integridade moral e é inafiançável. Porém, o pior de tudo é que ninguém vai preso ou é punido por esses atos. Entendeu, está na lei e não é cumprido, o que leva as pessoas á se tornarem ainda mais preconceituosas.

O “racismo” é algo tão sério que pode levar um indivíduo a ter uma vida conturbada. Não conseguindo oportunidades para levar uma vida social e econômica melhor, o indivíduo considera-se literalmente excluído da sociedade e se inferioriza diante de pessoas com a cor diferente, quando na verdade devemos ser diferenciados por outros critérios bem distintos.

Podemos destacar entre outros eventos uma chamada “cota” que existe, para dar oportunidades aos negros de entrarem em escolas e universidades públicas, como se a cor definisse o grau de capacidade dos mesmos. Percebe-se então que o preconceito está inserido em nossa sociedade de uma forma que pode ser considerada estritamente normal.

Essa pré-distinção de cores pode ser observado em todas as classes sociais, desde as mais baixas até as mais altas, em todos os campos da sociedade e em diversos países. Levando o preconceito a uma universalização desnecessária, já que isso não leva ninguém a nada.

O preconceito vai além do que imaginamos e percebemos, o mesmo pode ser observado no simples olhar, até a forma como olhamos para o próximo demonstra o nosso senso subjetivo de julgar os outros pela etnia . Logo precisamos ter plena e única consciência que somos todos iguais em todos os aspectos, e que quando duas mãos se cruzam, no chão reflete a mesma cor.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


Somos belas como somos!

JOHACIA COSTA DE OLIVEIRA

“Há quem imponha uma cor, quem dite as regras, quem prescreva um estereótipo e quem desenhe o modelo, mas são raros os que enxergam a beleza como uma liberdade”

Já vi mulheres de todas as cores e idades, umas profissionais, outras domésticas, mulheres fortes, frágeis e submissas, gordas, magras, altas e baixas, apaixonadas, indignadas, amorosas e inescrupulosas, todas uma a uma com uma característica primordial, o que as fazia diferente e imperfeita, impossível igualá-las. Cada uma, uma personalidade, um corpo, uma alma, um verdadeiro poema, intrigante, emocionante.

Mas alguém as quer iguais. Mas como, por quê? Impossível, não há nada que consiga as equalizar, por mais idênticas que fiquem , haverá sempre um ingrediente único, exclusividade.

Mulheres, tão cheias de mistérios, de fases, ideologias, como a filosofia, diferentes. Não existe mulher perfeita, desenhada, montada ou sei lá criada, “mulheres nascem e morrem distintas”, sem dúvida o preconceito contra uma delas, uma apenas, ou todas coletivamente é algo inescrupuloso e sem sentido, desumano.

Mulheres são “sujeito”, são corpos, cada um com sua forma, seja ela qual for, mesmo que bizarra. A humanidade deve um pouco mais de respeito a essa criatura tão fantástica e facera. Um ser que trás no útero a renovação da sociedade, a nova sociedade, que carrega no seio a própria alimentação dessa nova humanidade, sublime. Somente elas possuem esse dom, dar á luz a ao novo mundo.

Discriminar uma mulher por sua raça ou condição social, ou qualquer outra característica física, é não ter a menor consciência dos significados de mulher, é ser infame, vil, é um crime.

Mulher não só merece respeito, como também uma vida digna, condições humanas de moradia, e principalmente liberdade para ser bela como é.

“LENDO E RELENDO O LIDO”

JOHACIA COSTA DE OLIVEIRA

Paulo Freire em diversos de seus textos vai ensinar pra gente que a educação é complexa e totalmente fora de um estereótipo. É preciso saber educar, sobretudo o educador, ou o processo educacional se tornará uma rotina mecanicista.

Segundo o texto “Ensinar, aprender. Leitura de mundo, leitura da palavra. Paulo Freire”, ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão e da comunicação(sic), ou seja, a educação tanto para o mundo, quanto para a palavra não deve ser uma “prescrição robótica”, ela deve vir de um modo abrangente, exploratório e edificante.

Assim como não existe ensinar sem aprender, também não pode existir leitura da palavra sem leitura de mundo. É como repensar o pensado e então absorver as possíveis dúvidas e soluções.

Ler é um caminho árduo, exigente, mais sem dúvida gratificante, já que a forma como lemos e pensamos o mundo é que faz a diferença na nossa concepção de felicidade. É preciso ressaltar que leitura é bem mais do que decodificar palavras, é entender o mundo que nos engloba e as coisas que nos envolvem, sobretudo a realidade objetiva, a forma como as coisas acontece sem suas máscaras.

Fica evidente então que a leitura tem um grande poder de transformação sobre nós, porém vale lembrar que ela só será proveitosa se o mundo for lido antes, e posteriormente a palavra, haja uma retomada da leitura de mundo, agora ainda mais intensa, fazendo uso da bagagem adquirida.



No dia em que tudo resolveu dar errado, minha vida mudou!

JOHACIA COSTA DE OLIVEIRA

Naquele dia tudo parecia dar errado. Começou logo cedo, eu precisava acordar às cinco da manhã, mais o celular só despertou às seis. Levantei-me correndo e nem café tomei, quando de repente lembrei que mamãe estava doente e precisava preparar o chá dela, mas já estava atrasada, e agora?

Resolvi perder a primeira aula que nem era tão importante assim, é... não seria se o professor não tivesse aplicado uma avaliação surpresa.

Terminei de fazer o chá, chamei minha mãe no quarto e percebi que ela ainda dormia profundamente, então fui à casa da vizinha e pedi que quando desse nove horas ela chamasse minha mãe “por favor” e lhe desse o chá. Fui para escola e só pude entrar na segunda aula. Quando me sentei, a primeira notícia que recebi foi que eu não poderia mais fazer a prova, a que estava valendo três pontos. Pensei: “- Bem, eu ainda tenho sete pontos para conquistar, nem tudo está perdido”.

Na hora do intervalo eu fui para a cantina e pedi um lanche, quando peguei minha bolsa,”caramba”, tinha esquecido o dinheiro em casa, e justo hoje quem está no atendimento é a megera. Ela não me deixou tomar o lanche.

Perguntei a Karol se ela tinha dinheiro sobrando, mas ela disse: - Não posso emprestar, como vou ter certeza de que você irá me pagar? Tudo bem fiquei com fome.

Eu já estava estressada quando Mariana me perguntou o motivo pelo qual eu não estava falando com ela. “Puts”, eu fiquei totalmente sem graça e comecei a gaguejar, porém Mariana não entendeu nada do que eu disse e ficou insistindo.

Pronto, agora está tudo resolvido, me acertei com Mariana...o telefone tocou. Atendi, era a minha vizinha me explicando que não havia conseguido convencer minha mãe de tomar o chá. Terminei de assistir as aulas e fui correndo pro ponto de ônibus, já tinha passado, tive que esperar mais uma hora.

Cheguei em casa e descobrir que minha mãe não era nada daquilo que dizia ser, ela foi grossa comigo, me destratou, disse que não me suportava mais, que estava cansada daquela vida de miséria e que iria fugir se as coisas não melhorassem.

Fui pro quarto e comecei a imaginar como seria minha vida sem minha mãe, cheguei à conclusão que eu era a única pessoa capaz de mudar a nossa situação, pensei em pedir ajuda a algum político, mas não, eu estaria correndo o risco de me sujeitar a um corrupto. Fui à prefeitura, a rádio local, e nada foi resolvido. Tinha ido atrás da minha cidadania, dos meus direitos, mas tudo que conseguir foram olhares maldosos, frases absurdas e discursos que eu sabia que de nada me adiantariam.

Percebi então que estava vivendo num país que se dizia democrático e igualitário, mas que na verdade, não passava de um país hierarquizado, burocrático e discriminatório. Fui então a um jornal que publicava constantemente críticas à sociedade e falei tudo que me tinha acontecido. Perfeito, eles me ouviram e publicaram tudo o que eu tinha dito e ainda me ofereceram um emprego lá, lá na edição do jornal.

Perai, um emprego?No jornal? Assim sem mais nem menos, justamente no dia em que tudo resolveu dar errado? Sim, era isso mesmo o meu dia começava a mudar de rumo, mas não foi só um dia não, foram vários, meses, anos.

Foi lá que eu percebi que as pessoas precisam ter oportunidades para se expressarem, criarem, vislumbrarem e principalmente criticarem o sistema, que vai de mal a pior. Comecei por baixo, pequenas metáforas, algumas indiretas, e fui gostando, sabem por quê? Porque eu tinha descoberto a liberdade de pensar e melhor ainda eu podia escrever, e foi através dos meus textos que eu consegui mudar muita coisa, eu transgredia os limites e me satisfazia quando as pessoas despertavam o interesse pelo ato de pensar.

No dia em que eu descobri a liberdade, resolvi libertar também a “mente do mundo” e deixei registrado pra sempre a minha opinião, meu desejo e vontade. Pessoas tiveram a oportunidade de viver livre!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008



" RAÍZA essa foto é especialmente para você. Muito obrigada pelo lápis"

LINK DA REVISTA iDIOSSINCRASIA DO CEFET

http://rapidshare.com/files/153628946/1__EDI__O_DA_REVISTA_IDIOSSINCRASIA_CEFET.pdf 10838 KB
Encontramos o prazer nas "coisas" mais minuciosas!E na grandiosidade de ler um livro!
Johacia


“Dupla delícia / O livro traz a vantagem de a gente poderestar só e ao mesmo tempo acompanhado”
Mário Quintana
O SONHO DE SONHAR!
O bom da infância é o sonho de poder sonhar,
pegar um livrinho cheio de aventuras e viajar
com os personagens pelo universo encantado da imaginação!


JOHACIA OLIVEIRA




Toda criança tem o direito de ser feliz,
brincar, se divertir, freqüentar uma escola
e ser bem educada. Devem fazer parte da
Infância o sonho, a esperança, o lúdico
e o real. Toda criança precisa ter ao seu alcance
bons livros, histórias em quadradinhos,
personagens como Mafalda, Turma da Mônica,
tirinhas do Hagar.
Uma boa leitura leva a criança a desenvolver o
Psicológico propiciando assim uma vida adulta
mais completa, com a visão ampliada, livre de alienações.
A leitura nos faz imaginar, viajar,
sentir cada vez mais vontade de descobrir o mundo,
de lê-lo, de ser uma pessoa com
mais conteúdo.
CORRIGIR A INFORMAÇÃO E MODIFICAR A POLÍTICA EDUCACIONAL.
¹Johacia Costa de Oliveira

Um dos grandes déficits dos meios de comunicação é a falta de fidelidade e banalização da informação. A linguagem ao mesmo tempo em que constrói condições, desconstrói realidades e alimenta idéias e utopias.

É incrível como um assunto tão fundamental, como “educação ambiental” tenha se tornado algo tão banal entre os interesses capitalistas. A busca sem medidas pelo lucro leva a sociedade a abafar os prejuízos causados ao meio ambiente e conseqüentemente ao próprio homem na busca por esse ítem, fazendo com que o planeta perca sua longevidade a cada segundo que passa.
Produtos do tipo ecologicamente corretos estão tendo que concorrer com os ligthes, dietéticos, transgênicos, enlatados etc.. Custam quase dez vezes mais caros, levando o cliente a ter repulsa pelos produtos que supostamente não agridem o meio ambiente. Quando na verdade o importante não é consumir esses produtos com selo de “bons amigos” do ambiente e sim em diminuir bruscamente o consumismo, seja ele qual for.

Idéias como essas deixam o cliente confuso e indeciso. O sistema capitalista sustentado essencialmente pelo extravasamento de consumo, tenta implantar na mente das pessoas a substituição do consumo errado pelo consumo correto, falseando uma política de proteção ao planeta. Compreendeu: “consumo”, o planeta não vai melhorar com essa substituição hipócrita, mas sim quando tivermos consciência e educação para adquirir somente o necessário.

A informação destorcida torna a população mal educada. A educação se distingue da informação muito mais do que se convenciona. Por incrível que pareça a grande maioria da população brasileira que tem acesso a informações sobre questões ambientais, sobretudo soluções e métodos eficazes de conservação do planeta, simplesmente nada fazem. Fica evidente então que o país precisa voltar à escola e ser educado.

A televisão, principal meio de comunicação em massa alerta: “é preciso preservar a natureza, comprar batom, usar a nova sandália da Ivete ecologicamente correta, tomar coca-cola”. Somos bombardeados a todo instante com propagandas desse tipo, dicotômicas e persuasivas. Que sistema de conscientização é esse que mistura assuntos totalmente contrários, ou preservamos sem consumir futilidades, ou consumimos para não preservar. Não dá pra acatar o lema: “Preserve mais não deixe de consumir, ou consuma muito aquilo que agride menos”.
Que conclusões se pode tirar de ramos que são tratados de forma igual e divergem entre si? O Brasil precisa mudar urgentemente sua política de conscientização e educação populacional, ou a educação ambiental será superposta por uma falsa ideologia de preservação fundamentada em medíocres informações.


¹Johacia:” _ Sou uma pessoa indefinida, um quebra-cabeça. Gosto muito de dormir e comer, estudar? Não é meu hobby predileto não, mas...quem estuda no CEFET não tem escapatória, aí eu encaro. Matemática, adoro, história, detesto. Eu queria mesmo era ter tempo,tempo mesmo, horas e horas, pra fazer nada, descansar, viver, parar de fazer hora aqui na terra. Então, deu pra perceber que sou bem engraçadinha, extrovertida é melhor, feliz”. (johacia.oliveira@hotmail.com)

NEGROS, POBRES E PRESIDENTE, UMA FORTE ARMA
JOHACIA COSTA DE OLIVEIRA

“A sociedade brasileira largou o negro ao seu próprio destino, deitando sobre seus ombros a responsabilidade de reeducar-se e de transformar-se para corresponder aos novos padrões e ideais de homem, criados pelo advento do trabalho livre, do regime republicano e do capitalismo”.

Na história da humanidade o negro sempre foi considerado um objeto, apenas com valor comercial. E assim permaneceu como mercadoria durante séculos. O status de humano sempre lhe foi negado. Mesmo após a abolição da escravatura o escravo negro não passou a ser gente, continuava sem participar da cidadania e não exercia poder político.

Graças aos grandes revolucionários da história, uma realidade excludente deixa de existir e enfim os negros conseguem atingir um direito que tanto almejaram: o de votar. Ainda que problemas sociais e econômicos persistissem uma esperança começava a crescer no coração dessas pessoas, pois agora surgia uma oportunidade de os governantes serem escolhidos pela classe mais discriminada do país. Porém essa concessão de direito de voto nunca foi viável para a classe dominante, ainda menos o fato de um representante deles presidir o palácio do planalto.
No dia 11 de setembro de 2006, ano de eleição presidencial a revista veja publicou a capa de sua revista com forte intuito de atacar os interesses políticos das classes pobres e negras de forma extremamente ofensiva e preconceituosa, objetivando também um ataque ao candidato favorito do “povão”.

Analisando a capa da revista, a qual trás uma mulher negra com o titulo eleitoral na mão e um discreto sorriso no rosto, quase que de satisfação, transmite-nos uma idéia aparentemente de que a classe popular foi decisiva na eleição do atual presidente da república: Inácio Lula da Silva. Mas também já estava na hora de os menos favorecidos, que compõe a maior parte da população eleger definitivamente um representante legítimo, para que seus interesses pela primeira vez na história do Brasil fossem defendidos.

“Ela pode decidir a eleição”, essa foi à frase estampada em caixa alta na capa. Está intrínseca nessa frase uma intenção maldosa de afrontar não só o presidente como a própria população, a revista deixou explícita sua oposição contra o governo do Lula da silva, que assim como negros e pobres representa a faceta mais humilhada e discriminada do país.

Ainda mais a baixo estava escrito “Nordestina, 27 anos, educação média, R$ 450 por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro”. Essa frase claramente faz uma crítica ao governo vigente. A palavra nordestina que no contexto tem um sentido pejorativo, diz respeito aos nordestinos em geral mal educados. Porém não foi abordado no texto o índice que era gritantemente menor nos governos anteriores e aumentou significativamente no governo Lula de pessoas alfabetizadas. As pesquisas do INEP esclarecem esse fato brilhantemente.

O conjunto de fundo da imagem todo amarronzado, a blusa da moça sem brilho algum, sua forma que não segue nenhum padrão de beleza, o titulo de eleitor meio amarrotado e as frases inescrupulosas deixam a cena ainda mais deprimente, sobretudo para um país que possui a segunda maior população negra do mundo e altos índices de pobreza, os quais foram suavizados principalmente no governo Lula, é evidente que na construção da capa dados como esses são relevantes.

A oposição contra o presidente tomou grandes escalas na revista Veja, já que essa foi apenas uma de suas capas ofensivas e atacantes ao governo do Lula.