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quarta-feira, 15 de outubro de 2008


NEGROS, POBRES E PRESIDENTE, UMA FORTE ARMA
JOHACIA COSTA DE OLIVEIRA

“A sociedade brasileira largou o negro ao seu próprio destino, deitando sobre seus ombros a responsabilidade de reeducar-se e de transformar-se para corresponder aos novos padrões e ideais de homem, criados pelo advento do trabalho livre, do regime republicano e do capitalismo”.

Na história da humanidade o negro sempre foi considerado um objeto, apenas com valor comercial. E assim permaneceu como mercadoria durante séculos. O status de humano sempre lhe foi negado. Mesmo após a abolição da escravatura o escravo negro não passou a ser gente, continuava sem participar da cidadania e não exercia poder político.

Graças aos grandes revolucionários da história, uma realidade excludente deixa de existir e enfim os negros conseguem atingir um direito que tanto almejaram: o de votar. Ainda que problemas sociais e econômicos persistissem uma esperança começava a crescer no coração dessas pessoas, pois agora surgia uma oportunidade de os governantes serem escolhidos pela classe mais discriminada do país. Porém essa concessão de direito de voto nunca foi viável para a classe dominante, ainda menos o fato de um representante deles presidir o palácio do planalto.
No dia 11 de setembro de 2006, ano de eleição presidencial a revista veja publicou a capa de sua revista com forte intuito de atacar os interesses políticos das classes pobres e negras de forma extremamente ofensiva e preconceituosa, objetivando também um ataque ao candidato favorito do “povão”.

Analisando a capa da revista, a qual trás uma mulher negra com o titulo eleitoral na mão e um discreto sorriso no rosto, quase que de satisfação, transmite-nos uma idéia aparentemente de que a classe popular foi decisiva na eleição do atual presidente da república: Inácio Lula da Silva. Mas também já estava na hora de os menos favorecidos, que compõe a maior parte da população eleger definitivamente um representante legítimo, para que seus interesses pela primeira vez na história do Brasil fossem defendidos.

“Ela pode decidir a eleição”, essa foi à frase estampada em caixa alta na capa. Está intrínseca nessa frase uma intenção maldosa de afrontar não só o presidente como a própria população, a revista deixou explícita sua oposição contra o governo do Lula da silva, que assim como negros e pobres representa a faceta mais humilhada e discriminada do país.

Ainda mais a baixo estava escrito “Nordestina, 27 anos, educação média, R$ 450 por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro”. Essa frase claramente faz uma crítica ao governo vigente. A palavra nordestina que no contexto tem um sentido pejorativo, diz respeito aos nordestinos em geral mal educados. Porém não foi abordado no texto o índice que era gritantemente menor nos governos anteriores e aumentou significativamente no governo Lula de pessoas alfabetizadas. As pesquisas do INEP esclarecem esse fato brilhantemente.

O conjunto de fundo da imagem todo amarronzado, a blusa da moça sem brilho algum, sua forma que não segue nenhum padrão de beleza, o titulo de eleitor meio amarrotado e as frases inescrupulosas deixam a cena ainda mais deprimente, sobretudo para um país que possui a segunda maior população negra do mundo e altos índices de pobreza, os quais foram suavizados principalmente no governo Lula, é evidente que na construção da capa dados como esses são relevantes.

A oposição contra o presidente tomou grandes escalas na revista Veja, já que essa foi apenas uma de suas capas ofensivas e atacantes ao governo do Lula.

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